Redução nos índices de Desmatamento da Amazônia – Veja agora!
Após cinco anos consecutivos de alta, a área sob alerta de desmatamento da Amazônia teve finalmente uma queda de 33% no primeiro semestre de 2023, segundo dados divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Mato Grosso superou o Pará como estado com a maior área sob alerta de desmatamento, com 34% do total contabilizado.
O Pará registrou uma redução de 32,6% na área sob alerta de desmatamento. Acredita-se que a integração institucional entre União e Estados seja um dos fatores para a queda. O governador Helder Barbalho, do Pará, destaca as ações de repressão, conscientização e implantação da bioeconomia como medidas para o desenvolvimento sustentável e socioeconómico da Amazônia.
Áreas protegidas registram menor índice de desmatamento da Amazônia em nove anos
Segundo dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), as áreas protegidas da Amazônia Legal tiveram o menor índice de desmatamento em nove anos durante o ano de 2023. De acordo com o Imazon, foram registrados 386 km² de derrubada de floresta em terras indígenas e unidades de conservação, representando uma queda de 73% em comparação com o ano anterior, quando foram desmatados 1.431 km².
O Imazon utiliza satélites mais refinados em seu monitoramento do desmatamento da Amazônia, o que permite a detecção de áreas devastadas a partir de 1 hectare. Essa precisão tecnológica contribuiu para a identificação e monitoramento mais eficiente das áreas protegidas da Amazônia Legal.
A redução do desmatamento da Amazônia nas áreas protegidas foi ainda maior do que a queda geral na Amazônia Legal, que teve uma diminuição de 62%. Esses resultados são importantes para a preservação das áreas protegidas e indicam a efetividade das medidas de controle e fiscalização implementadas para a proteção desses territórios, como a atuação de órgãos ambientais e o engajamento de comunidades locais na conservação das terras indígenas e unidades de conservação.
Desmatamento nas áreas protegidas ainda é preocupante
Mesmo com a redução geral do desmatamento da Amazônia, algumas áreas protegidas ainda registraram aumento na degradação em 2023. Em Rondônia, o desmatamento em Igarapé Lage aumentou em 300%, tornando-se o terceiro território mais afetado na Amazônia. Os territórios Waimiri Atroari e Yanomami também tiveram aumentos expressivos. O maior desmatamento em terras indígenas no último ano foi registrado na terra Apyterewa, no Pará, totalizando 13 km². Apesar de liderar em termos absolutos, essa região apresentou uma redução significativa de 85% na taxa de desmatamento.
Queda significativa do desmatamento nas terras indígenas
Em 2023, as terras indígenas como um todo foram alvo de uma degradação que totalizou 104 km², indicando uma redução considerável em comparação aos 217 km² registrados no ano anterior. Isso representa o menor índice de desmatamento em territórios ocupados por povos originários desde 2017, de acordo com o Imazon.
Desmatamento da Amazônia atinge menor índice desde 2019
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou dados que apontam uma redução significativa no desmatamento da Amazônia. Entre agosto de 2022 e julho de 2023, a taxa de desmatamento na região foi de 9.001 quilômetros quadrados, representando o menor índice desde 2019. Essa redução equivale a uma queda de 22,3% em relação ao período anterior. Nos últimos quatro anos, a área desmatada na Amazônia se manteve acima de 10 mil quilômetros quadrados, tornando esse resultado um marco importante na preservação do bioma.
Queda no desmatamento atribuída a ações de comando e controle
O Ministério do Meio Ambiente atribui a redução do desmatamento da Amazônia à intensificação das ações de comando e controle. No mesmo período, houve um aumento de 104% nos autos de infração aplicados pelo Ibama por infrações contra a flora na Amazônia. As apreensões aumentaram 61%, os embargos 31%, e a destruição de equipamentos 41%.
Ainda há desafios a serem enfrentados no combate ao desmatamento
Apesar da queda geral no desmatamento da Amazônia, ainda existem desafios a serem enfrentados no combate à derrubada. Aumentos na degradação foram registrados em algumas áreas protegidas, como Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento aumentou 300%. Os territórios Waimiri Atroari e Yanomami também tiveram aumentos expressivos. A devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação geralmente está associada a invasões ilegais, o que leva a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios.
Amazônia Legal registra menor desmatamento em cinco anos
De acordo com dados do Imazon, a Amazônia Legal apresentou o menor índice de desmatamento em cinco anos, no período de janeiro a dezembro de 2023. Durante esse período, foram derrubados aproximadamente 4.030 km² de floresta, representando uma redução significativa de 62% em comparação ao ano anterior.
Embora essa diminuição seja um avanço importante, é importante ressaltar que o desmatamento ainda está em um nível preocupante. A área desmatada equivale a aproximadamente 1,1 mil campos de futebol por dia, o que evidencia a necessidade contínua de ações para preservar a Amazônia.
Alguns estados ainda apresentam aumento no desmatamento
Entre os estados que integram a Amazônia Legal, apenas Roraima, Tocantins e Amapá registraram aumento no desmatamento em comparação com o ano anterior. Roraima viu uma elevação de 179 km² para 206 km², Tocantins de 16 km² para 21 km², e Amapá de 9 km² para 18 km². Pará, Amazonas e Mato Grosso continuam liderando o ranking do desmate na região.
Sistema de Alerta de Desmatamento do Imazon
O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) utiliza o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para detectar áreas desmatadas na Amazônia Legal. Os satélites utilizados pelo Imazon são mais refinados do que os do governo e conseguem detectar áreas devastadas a partir de 1 hectare, enquanto os alertas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) consideram áreas maiores que 3 hectares. O SAD utiliza satélites da NASA e da Agência Espacial Europeia para monitorar a região.
Importância das áreas protegidas no combate ao desmatamento
A redução expressiva do desmatamento nas áreas protegidas é significativa, pois esses territórios precisam ser priorizados nas ações de combate à derrubada. A maioria das vezes, a devastação nessas áreas está relacionada a invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais. Portanto, é crucial implementar medidas de proteção e fiscalização nessas áreas para garantir sua preservação.
Perspectivas futuras na preservação da Amazônia
A queda no desmatamento na Amazônia indica um passo importante para a preservação desse bioma essencial. No entanto, é preciso continuar implementando medidas eficazes para garantir a sua proteção a longo prazo.
A integração institucional entre a União e os Estados é uma das estratégias eficazes que devem ser mantidas e fortalecidas. Essa colaboração permite uma coordenação mais eficiente na aplicação e fiscalização das leis ambientais, visando a redução do desmatamento.
Além disso, é fundamental investir na conscientização da população sobre a importância da Amazônia. Informar e educar as pessoas sobre os serviços ambientais prestados pela floresta amazônica e os impactos negativos do desmatamento podem despertar uma mudança de comportamento e engajamento na preservação.
Para assegurar um futuro sustentável para a Amazônia, é necessário promover o desenvolvimento econômico em harmonia com o meio ambiente. Incentivar práticas de desenvolvimento sustentável, como a exploração de recursos naturais de maneira responsável e a valorização da biodiversidade, contribui para a preservação do bioma.